A conclusão dos dois últimos blocos da Urbanização Cooperativa do Vale Formoso de Cima, em Braço de Prata, Marvila - o maior projeto construído em Lisboa pelo movimento cooperativo habitacional – marca o regresso das Cooperativas de Habitação na capital.

A urbanização, fruto do protocolo de um protocolo de urbanização entre a Fenache e a Câmara Municipal, o Dr. Jorge Sampa ainda era seu presidente, vicissitudes ao longo de vários executivos, mas acabou por quase todas as camaradas por volta de 2008. Um Bairro Novo, feito de raiz, bem urbanizado, com 677 fogos, lojas e uma localização invejada, com vista para o rio Tejo e dois passos do Parque das Nações. O projeto inicial foi construído por cerca de 150 fogos, o que se deveu dois blocos ao projeto eclodir da crise econômica que levou ao desaparecimento do projeto de muitas das 25 cooperativas envolvidas.

Apesar dos tempos conturbados que o país viveu, sobretudo, entre 2008, 2014, grupo de cooperativas que resistiu aos tempos da “Tróika”, nunca desistiu de um completo a urbanização e os dois blocos que ficaram faltando. O primeiro, situado na zona norte da urbanização, junto à rotunda de intersecção da Avenida Marechal António Spínola e a Avenida Infante Dom Henrique, denominado – Parcela B - já está adiantado no estado de construção, permanece a uma obra totalmente atribuída aos membros das cinco cooperativas envolvido.


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Com nove pisos acima do solo e um piso de cave, o bloco é composto por 78 fogos, maioritariamente das tipologias T2 e T3, mas também algumas unidades T4 e mesmo T5, todas com estacionamento em cave, uma sala de condomínio e ainda um espaço comercial no piso 0.


A maior dos cooperantes envolvidos na aquisição de apartamentos nestes dois blocos resistiram às dificuldades da crise e tiveram paciência para ver o projeto concluído. Poucos foram os que desistiram, mas também essas vagas vieram a ser preenchidas por outras famílias interessadas. A maior dificuldade para a concretização do empreendimento foram as condições de financiamento bancário à construção e à aquisição que endureceram, o que levou a que cada cooperador tivesse de possuir entre 30 e 40 % do valor de aquisição como entrada.


De acordo com o protocolo celebrado entre o Município de Lisboa e a FENACHE, a construção de fogos a custos controlados, como é o caso, implica como contrapartida para as cooperativas promotoras a entrega à autarquia de 10% da área bruta total de construção habitacional, 15% da área bruta total de construção para uso terciário e a 10% de áreas brutas de construção para arrecadações e estacionamento privado.

 


O último bloco da urbanização de Vale Formoso de Cima – denominado Parcela A - está em licenciamento camarário e o início da construção está projetado para meados de 2020. Está situado mesmo junto à entrada da estação de caminho-de-ferro de Braço de Prata, com uma vista soberba para o rio Tejo e o futuro Parque Ribeirinho do Oriente.

 

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Lisboa, setembro de 2019